Após a Segunda Guerra Mundial, os líderes políticos do Chade projetaram um caminho gradual e eleitoral até o país ficar independente do domínio francês. Nesse período, os principais meios de negociação com a França — que ocupara militarmente o território multicultural do Chade no final do século 19 — eram os partidos políticos. Por isso, depois que a Constituição de 1946 permitiu criar organizações políticas na África Equatorial Francesa, foi fundado o Partido Progressista do Chade (PPC).
Sob a liderança de Gabriel Lisette e funcionando como uma seção da frente política interterritorial Assembleia Democrática Africana (RDA), o PPC era apoiado principalmente pelo povo sara, do sul do país. O partido canalizou as mobilizações populares em favor de uma maior autonomia para o país até 1958, quando, desagradando à maioria muçulmana do norte, Lisette fez campanha em favor da integração do Chade à comunidade franco-africana proposta pelo presidente da França, Charles de Gaulle.
A desconfiança em relação ao líder do PPC aumentou, dando margem à sua expulsão do país e à ascensão do sindicalista François Tombalbayé, que assumiu o comando do partido. Tombalbayé buscou apoio entre os saras e reunificou o PPC, formando um governo de coalizão que negociou a independência com a França. Em 11 de agosto de 1960, foi declarada oficialmente a independência da República do Chade.