A região do atual Benim formava o reinado dos fons até ser submetida à dominação francesa, em 1894. Antes disso, entre os séculos 17 e meados do século 19, a região era conhecida como Costa dos Escravos (ou Costa da Mina), com a qual o Brasil manteve estreitas relações: de lá vinham muitos dos africanos escravizados como mão de obra. Com o fim do reinado da etnia fon, o território do Benim, rebatizado Daomé pelos colonizadores, ficou sob a tutela administrativa do governo-geral da África Ocidental Francesa, com sede em Dacar.
A oposição ao colonialismo francês nas primeiras décadas do século 20 ocorreu principalmente sob a liderança do militante pan-africanista Louis Hunkanrin na seção local da Liga dos Direitos do Homem. Mas foi somente após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, que as oposições locais ao colonialismo passaram efetivamente a pressionar a administração colonial. Fundou-se em Daomé uma seção da Assembleia Democrática Africana (RDA), liderada entre 1948 e 1950 pelo próprio Hunkanrin.
Na década de 1950, com o sucesso dos movimentos emancipacionistas em todo o continente, aumentaram os ataques da imprensa à dominação da França, que se viu então impelida a ceder uma autonomia gradual a suas colônias: em 1957, uma assembleia territorial foi criada no Daomé; em dezembro do ano seguinte, foi proclamada a República, tornando-se Daomé um Estado da Comunidade Francesa.
Entre 1958 e 1960, o líder pró-independência Hubert Maga aliou-se aos primeiros-ministros do Togo e do Níger, formando os Conselhos do Entendimento, para negociar em conjunto a independência em relação à França. A autonomia da República do Daomé — que em 1975 passaria a se chamar Benim — foi declarada em 1º de agosto de 1960.