O fim da 4ª República francesa, em 1958, motivado pela Guerra da Argélia, possibilitou o retorno do general Charles de Gaulle ao poder, o que teve grande repercussão nas colônias africanas submetidas a Paris. Com a economia em crise, a França vivia uma situação delicada e não tinha como enfrentar os movimentos de libertação na África e na Indochina.
Pressionado, De Gaulle promoveu referendos nos territórios da África Ocidental, pelos quais as populações puderam escolher entre a independência política ou a integração numa Comunidade Francesa. Guiné foi o único país que, em 1958, optou pela autonomia. Já o Sudão francês (futuro Mali), embora convertido num Estado-membro da comunidade proposta por De Gaulle, teve proclamada sua República, com constituição própria e assento na ONU. Politicamente, porém, permanecia dependente da França, pois os membros da comunidade não tinham representação no Parlamento francês nem política exterior própria.
Não demorou muito, e as elites políticas do Alto Volta, do Senegal, do Daomé (futuro Benim) e do Sudão francês se reuniram para fundar a Federação do Mali, que solicitou a independência ao governo De Gaulle em setembro de 1959. No entanto, conflitos políticos internos — como a tentativa de Modibo Keïta de dar um golpe de Estado no Senegal — adiaram a autonomia, que só seria outorgada pela França, a toda a Federação do Mali, em abril 1960. Em 22 de setembro desse ano, o Sudão francês se transformou na República do Mali, e Modibo Keïta, seu primeiro presidente.