A Inglaterra começou a dominar o território que hoje corresponde à República de Malawi, no sudeste africano, em 1859, com a chegada do explorador David Livingstone à margem norte do lago Malawi (ou Niassa), instalando ali missões da Igreja Presbiteriana. Em 1891 o território passou a constituir o Protetorado Britânico da África Central, rebatizado, em 1907, como Protetorado de Niassalândia. Em 1953, por iniciativa britânica, o território passou a integrar a Federação da Rodésia e da Niassalândia, ou Federação Centro-Africana, juntamente com a Rodésia do Sul e a Rodésia do Norte.
A iniciativa teve como efeito a intensificação dos movimentos do povo da Niassalândia para obter a independência. Grupos e movimentos anticoloniais fragmentados já haviam se unificado, em 1944, com a criação do Congresso Africano da Niassalândia. Em julho de 1958, Hastings Kamuzu Banda, que já participara das lutas anticoloniais, retornou dos Estados Unidos, aonde fora estudar medicina, e assumiu o comando do Partido do Congresso do Malawi. Ele percorreu o país organizando comícios contra o governo britânico, que reagiu: decretou estado de emergência e prendeu não só Kamuzu Banda, como outros líderes do partido.
Apesar disso, o dirigente do movimento anticolonial seguiu exigindo a abertura de negociações para a independência do Malawi. Diante da resistência crescente, Londres foi obrigada a negociar. As conversações tiveram início em 1960. Como resultado, Niassalândia passou a ter um Conselho Legislativo e se tornou o Estado independente do Malawi em 6 de julho de 1964, sendo Kamuzu Banda o primeiro-ministro do novo país.