No período que foi de 1946 a 1963 houve grandes mudanças na imprensa e nos meios de comunicação do Brasil. Em São Paulo, os três jornais do Grupo Folha fundiram-se em 1960, dando origem à “Folha de S.Paulo”. O tradicional “O Estado de S. Paulo” atravessou uma fase de prosperidade e arejou seu conteúdo cultural. No Rio de Janeiro, o “Correio da Manhã” viveu um período glorioso, inovando na linguagem, na técnica jornalística e no projeto gráfico. A partir da aquisição de “O Jornal”, Assis Chateaubriand construiu o império dos Diários Associados, que, além de controlar mais de 30 jornais e duas rádios, implantou a primeira emissora de televisão do país, a TV Tupi. No final da década de 1950, o “Jornal do Brasil” deu início à reforma gráfico-editorial que o transformaria num dos mais prestigiados diários do país. “O Globo” se estabilizou sem grandes inovações. Em 1949 surgiu a “Tribuna da Imprensa”, e, em 1951, a “Ultima Hora”. Com exceção deste último, todos os outros jornais fizeram oposição ao presidente Vargas e a seus sucessores e apoiaram o golpe civil-
-militar de 1964. Na área das revistas semanais de variedades, “O Cruzeiro”, que reinava praticamente sozinho desde 1928, passou a enfrentar a concorrência da “Manchete”, criada em 1952.
Nessas quase duas décadas surgiram também no Brasil diversas revistas temáticas e culturais, quase todas efêmeras porém relevantes como canais de expressão das diferentes correntes estéticas, das culturas regionais ou da crítica setorial. É o caso de “Edifício”, “Joaquim”, “Orfeu”, “Noigandres”, “Dionysos”, “Norte”, “Revista de Cinema”, “Revista da Música Popular”, “Módulo” e “Senhor”, além do Suplemento Literário de “O Estado de S. Paulo” e do Suplemento Dominical do “Jornal do Brasil”, os que mais se destacaram na abordagem de temas relacionados com cultura, arte, livros e comportamento.