• O Memorial
    • Um Museu Virtual
    • Como Navegar
    • Referências Bibliográficas
    • Equipe
    • Colabore
    • Conteúdo
  • Linha do Tempo
    • 1930-1944: Estado Nacional, mas sem democracia
    • 1945-1963: Democracia de massas
    • 1964-1984: 21 anos de resistência e luta
    • 1985-2002: Reconstruindo a democracia
    • 2003-2010: Mais democracia, mais oportunidades
  • Extras
    • Imaginação cultural (1945 - 1963)
    • Intérpretes do Brasil
    • Playlist Getúlio Vargas
    • Conflitos no campo 1945-1964
    • Jornais e revistas 1945-1963
    • Construção de Brasília
    • África
    • América Latina
    • Democracia de massas
    • Nacional-desenvolvimentismo
    • Playlist 1945-1964
  • Português
  • Español
O Sol Nascerá (A Sorrir) 1930-1944 Estado Nacional, mas sem democracia 1945-1963 Você está aqui Democracia de massas 1964-1984 21 anos de resistência e luta 1985-2002 Reconstruindo a democracia 2003-2010 Mais democracia, mais oportunidades
Extras Imaginação cultural (1945 - 1963) Intérpretes do Brasil Playlist Getúlio Vargas Conflitos no campo 1945-1964 Jornais e revistas 1945-1963 Construção de Brasília África América Latina Democracia de massas Nacional-desenvolvimentismo Playlist 1945-1964
O Memorial Um Museu Virtual Como Navegar Referências Bibliográficas Equipe Colabore Conteúdo
  • Português
  • Español
Imaginação Cultural Artes visuais Canção popular Cinema Literatura Teatro
Canção popular

Eventos

O Racha na Bossa Nova

“A Bossa Nova estava destinada a viver pouco tempo”, afirmou Carlos Lyra em novembro de 1962. “Era apenas uma forma musicalmente nova de repetir as mesmas coisas românticas e inconsequentes que vinham sendo ditas há muito tempo. Não alterou o conteúdo das letras. O único caminho é o nacionalismo”. Ao fazer essa declaração, Carlos Lyra, que já havia participado, no ano anterior, da criação do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (CPC), tornou-se o primeiro dissidente da Bossa Nova. Em 1961 ele lançou “Quem quiser encontrar o amor”, em parceria com Geraldo Vandré, composição que rompia com o tema-síntese da turma da bossa nova: “o amor, o sorriso e a flor”. O segundo passo na direção de uma arte mais “participante” ou “nacionalista” foi o lançamento do disco “Depois do carnaval”, em 1962, com destaque para a canção “Influência do Jazz”. Nesse mesmo período, Sérgio Ricardo gravava “Zelão”, outra canção que fugia aos parâmetros da Bossa Nova ao tematizar as dificuldades enfrentadas por moradores dos morros e favelas cariocas. A ruptura definitiva viria com o lançamento por Nara Leão, conhecida como “ a musa da Bossa Nova”, de seu LP “Opinião de Nara”, um dos marcos iniciais da nascente “canção engajada” na resistência cultural contra o golpe de 1964.

Influência do Jazz Intérprete: Carlos Lyra
Compositor: Carlos Lyra
Data: 1962
Pobre samba meu
Foi se misturando
Se modernizando
E se perdeu
E o rebolado cadê
Não tem mais
Cadê o tal gingado
Que mexe com a gente
Coitado do meu samba
Mudou de repente
Influência do jazz
Quase que morreu
E acaba morrendo
Está quase morrendo
Não percebeu
Canção popular Introdução Gêneros Artistas Eventos
Artes visuais Cinema Literatura Teatro
Carlos Lyra durante ensaio para show que reuniu os grandes nomes da bossa Nova no Carnegie Hall, em Nova York .
Ano: 1962
Acervo: Arquivo Particular Carlos Lyra

O Povo Canta

Em 1962, o Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes gravou e distribuiu um disco de vinil composto por cinco canções: “O subdesenvolvido”, “João da Silva”, “Grileiro vem”, “Zé da Silva” e “Canção do trilhãozinho”. As composições de O povo canta abordam problemas ligados à vida cotidiana, que refletem a luta das populações marginalizadas do país. Seu maior sucesso foi “Subdesenvolvido”, que, de forma bem humorada, mostra a dependência do Brasil de Portugal, da Inglaterra e dos Estados Unidos ao longo da nossa história – e como isso formou um modo dependente de pensar os problemas nacionais. O disco busca cumprir a função que o CPC atribuía à arte: tratar dos problemas, da realidade brasileira, com uma linguagem acessível ao público mais amplo possível. A venda desse compacto arrecadou fundos para a construção do Teatro do CPC da UNE, mas, depois do golpe militar, o disco foi retirado de circulação pela censura. O texto da contracapa do disco dizia: “O povo canta é o primeiro ‘long-play’ que o Centro Popular de Cultura, cumprindo o seu objetivo de fazer arte com e para o povo, entrega ao público”.

O Subdesenvolvido Autor: Carlos Lyra e Francisco de Assis
Intérprete: Conjunto do CPC
Data: 1962
Debaixo de um céu de anil
Encontrareis um gigante deitado
Santa Cruz, hoje o Brasil
Mas um dia o gigante despertou
Deixou de ser gigante adormecido
E dele um anão se levantou
Era um país subdesenvolvido!
Subdesenvolvido! Subdesenvolvido!
Subdesenvolvido!
Encarte do disco “O povo canta” produzido pelo Centro Popular de Cultura da UNE.
Ano: 1963
Acervo: Fórum Educação de Jovens e adultos (FORUMEJA/Brasil)

Zicartola

O Zicartola foi um dos mais importantes pontos de encontro entre artistas e intelectuais do Rio de Janeiro no início dos anos 1960. O bar e restaurante criado por Dona Zica e Cartola, que havia passado a década de 1950 afastado do meio cultural, ficava no segundo andar de um sobrado no número 53 da Rua da Carioca, centro do Rio de Janeiro. As reuniões e shows realizados no Zicartola foram responsáveis pela renovação da vida artística e pelo fortalecimento do samba do morro, ao promover o encontro entre sambistas da velha guarda, como Nelson Cavaquinho e Nelson Sargento, e os compositores da nova geração, como Paulinho da Viola, Elton Medeiros, Hermínio Bello de Carvalho e Carlos Lyra, entre outros. Entre 1963 e 1965, o Zicartola atraiu um grande público, cada vez mais interessado na cultura popular. A efervescência social, artística e política que nasceu nas suas mesas e rodas de samba deu origem depois a espetáculos como os shows “Opinião”, que reuniu Zé Kéti, João do Vale e Nara Leão, e “Rosa de Ouro”, com Aracy Cortes e Clementina de Jesus e os sambistas Elton Medeiros, Nelson Sargento, Anescarzinho, Jair do Cavaquinho e Paulinho da Viola. O Zicartola trouxe reconhecimento à obra do mestre Cartola e ao mesmo tempo proporcionou ao novato Paulinho da Viola os primeiros cachês de sua carreira.

O Sol Nascerá (A Sorrir) Autor: Cartola
Intérprete: Nara Leão
Ano de gravação: 1964
A sorrir
Eu pretendo levar a vida
Pois chorando
Eu vi a mocidade perdida
A sorrir
Eu pretendo levar a vida
Pois chorando
Eu vi a mocidade perdida
Odete Lara (esquerda), Dorival Caymmi (sentado), Zé Keti, (gravata), Tom Jobim (ao violão) e Cartola (camisa listrada) no bar e restaurante Zicartola.
Ano: 1963-1965
Acervo: Arquivo Público Estadual de São Paulo
Coleção: Jornal Ultima Hora
Próximo tópico » Cinema
Imaginação Cultural Artes visuais Canção popular Cinema Literatura Teatro
Memorial da Democracia
Fundação Perseu Abramo Instituto Lula
Linhas do tempo 1930-1944 Estado Nacional, mas sem democracia 1945-1963 Você está aqui Democracia de massas 1964-1984 21 anos de resistência e luta 1985-2002 Reconstruindo a democracia 2003-2010 Mais democracia, mais oportunidades
Extras Imaginação cultural (1945 - 1963) Intérpretes do Brasil Playlist Getúlio Vargas Conflitos no campo 1945-1964 Jornais e revistas 1945-1963 Construção de Brasília África América Latina Democracia de massas Nacional-desenvolvimentismo Playlist 1945-1964
O Memorial Um Museu Virtual Como Navegar Referências Bibliográficas Equipe Colabore Conteúdo
  • Português
  • Español
© Todos os Direitos Reservados 2015-2017 Memorial da Democracia