Com a expansão do ensino superior, aumentou o número de estudantes que faziam parte da primeira geração de suas famílias com acesso à universidade. Em 2010, nas universidades federais brasileiras, 71,6% dos alunos tinham pais sem ensino superior — em 1996, o percentual era de 67,8%.
Em 1997, apenas 0,5% dos jovens de 18 a 24 anos que estavam entre os 20% da população mais pobre do país cursavam ou concluíram o ensino superior. Essa porcentagem permaneceu quase inalterada até 2004, quando chegou a 0,6%. Em 2011, o número aumentou quase 9 vezes: 4,2% dos jovens mais pobres estavam na universidade.
A ampliação do acesso à educação se deu em todos os níveis: o número médio de anos de estudo para pessoas entre os 25% mais pobres passou de 7,4 em 2001 para 9,2 em 2010.
Historicamente, o ensino superior no Brasil sempre teve cor, e esta sempre foi branca. Em 1997, o percentual de jovens pardos entre 18 e 24 anos, que cursavam ou tinham concluído o ensino superior era de apenas 2,2%. Entre os jovens negros, o índice caía para 1,8%, segundo dados do MEC. Em 2005, menos de 1% dos professores das universidades federais eram negros, de acordo com a pesquisa Inclusão Étnica e Racial no Brasil. Na época, 45% da população brasileira se declarava negra.