Memorial da Democracia - Na praça da Sé, o dia é do trabalhador

A chegada do governador Abreu Sodré à comemoração oficial do Dia do Trabalho foi o estopim para a vaia da multidão, calculada em 20 mil pessoas, reunida na praça da Sé, em São Paulo. Sodré pega o microfone e afirma que a manifestação é uma “prova evidente de que em nosso Estado a democracia respira”.

Estudantes e operários reagiram e responderam com palavras de ordem, usando megafones. Jogaram ovos e pedaços de pau contra o palanque das autoridades. O governador foi atingido por uma pedra.

Organizações clandestinas como a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), a Ação Libertadora Nacional (ALN) e a Ação Popular (AP), entre outras, participaram ativamente do protesto, que culminaria com a tomada e a queima do palanque montado em frente à Catedral da Sé. Após o conflito, uma passeata saiu da praça e percorreu as principais ruas do centro da cidade.

<strong> Sobre o palanque tomado</strong> das autoridades, militantes de esquerda e sindicalistas dirigem a manifestação — **Sobre o palanque tomado** das autoridades, militantes de esquerda e sindicalistas dirigem a manifestação Iconographia

<strong> Abreu Sodré discursa </strong> na praça da Sé e é atacado pelos manifestantes — **Abreu Sodré discursa** na praça da Sé e é atacado pelos manifestantes Folhapress

<strong> Manifestantes tomam o palco</strong> oficial montado na praça da Sé — **Manifestantes tomam o palco** oficial montado na praça da Sé Folhapress

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1968 1º de maio

Na praça da Sé, o dia é do trabalhador

Sindicalistas e militantes de esquerda tomam palanque oficial do 1º de Maio