1969 25 de outubro
Madre Maurina vive calvário na prisão
Religiosa é torturada pelo delegado Fleury; caso gera repúdio internacional
Acusada de envolvimento com o minúsculo grupo Forças Armadas de Libertação Nacional (FALN), madre Maurina Borges da Silveira é presa em Ribeirão Preto (SP) e torturada pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury. Alvo de toda a sorte de humilhações, a religiosa foi espancada e seviciada. Depois de ficar presa por cinco meses, foi banida para o México em março de 1970, em troca do cônsul japonês Nobuo Okushi, sequestrado por militantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).
Madre Maurina permaneceu naquele país até a anistia, em 1979, quando voltou ao Brasil. Seu caso foi denunciado fora do país e desgastou ainda mais a ditadura na comunidade religiosa internacional. As FALN eram apenas um grupo de estudantes secundaristas. Não tinham armas nem contato com organizações revolucionárias.