1966 28 de julho – 2 de agosto
Do porão da igreja, UNE desafia o regime
Entidade realiza congresso proibido, elege direção e exige democracia
Perseguida desde o momento do golpe e proibida de atuar no país, a ex-UNE, como era chamada a entidade pelas autoridades da ditadura, realiza clandestinamente seu 28º Congresso no porão da Igreja de São Francisco de Assis, em Belo Horizonte. Mais de 300 delegados de todo o país comparecem, desafiando a proibição e a vigilância da polícia política.
A Polícia Militar não conseguiu impedir a circulação dos delegados, que elegeram o mineiro José Luiz Moreira Guedes, ligado à Ação Popular (AP), para a presidência da entidade. O congresso adotou como linha de ação a denúncia dos acordos MEC-Usaid e a luta pelas liberdades democráticas.