Em maio de 2010, Brasil, Irã e Turquia assinaram a Declaração de Teerã, propondo soluções diplomáticas para a crise entre o Irã e o Conselho de Segurança da ONU em torno do programa nuclear iraniano. O acordo reafirmava o compromisso do Irã com o Tratado de Não Proliferação Nuclear e seu direito de pesquisa, produção e uso de energia nuclear para fins pacíficos.
Apesar de posteriormente rejeitado pelas potências ocidentais, o Acordo Tripartite lançava Brasil e Turquia como importantes articuladores no cenário internacional multipolarizado. Para o Irã, o acordo simbolizava a retomada do diálogo com o Conselho de Segurança, sendo o primeiro passo em direção a uma solução pacífica para o impasse.
Em 2015, seria finalmente assinado um acordo entre o Irã e o Conselho de Segurança da ONU, que reiteraria os principais pontos da Declaração de Teerã.
Marco Aurélio Garcia, então chefe da Assessoria Especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, explica por que França e EUA não aceitaram que outros países tivessem influência marcante na geopolítica global: