A proposta de criação de um Fundo Mundial de Combate à Fome, apresentada pelo governo brasileiro, ganhou visibilidade internacional durante reunião das Nações Unidas, em setembro de 2004, com a adesão de Jacques Chirac (presidente da França), Ricardo Lagos (presidente do Chile) e do próprio Kofi Annan (secretário-geral da ONU).
Ao longo de seus oito anos de governo, Lula retornaria diversas vezes a Genebra, sede do Conselho de Direitos Humanos da ONU e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), para falar dos avanços do governo brasileiro no combate à fome, no combate ao trabalho escravo e na promoção do trabalho decente.
A crise financeira de 2008, que atingira em cheio a Europa, consolidou uma configuração multipolar da ordem global. Na primeira década do século 21, o G-8, grupo formado pelos oito países mais ricos do mundo, quatro deles europeus, perdeu espaço político para o G-20, bloco que contava com a participação dos países emergentes — como o Brasil.
A participação brasileira no Fórum Econômico Mundial, ocorrido anualmente em Davos, na Suíça, assumiu progressiva posição de destaque, especialmente a partir da ampliação do protagonismo dos países emergentes e da centralidade política e econômica do G-20.
Na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15), realizada em setembro de 2009 em Copenhague (Dinamarca), o Brasil reafirmou sua liderança nas questões ambientais ao apresentar a proposta voluntária mais ousada: redução, até 2020, de 36,1% a 38,9% na emissão de gases causadores do efeito estufa, especialmente aqueles provenientes do desmatamento da Amazônia.
O posicionamento brasileiro visava obrigar os países desenvolvidos não signatários do protocolo de Kyoto a assumir a meta de 40% de redução de gás carbônico.