1993 29 de novembro
Foragido, PC Farias é preso na Tailândia
Pivô do impeachment de Collor fora condenado por sonegação de impostos
O empresário e ex-tesoureiro de campanha do presidente Fernando Collor, Paulo César Farias, é capturado em Bangcoc, capital da Tailândia. Ele fora condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sonegação de impostos e falsidade ideológica, em junho, seis meses depois do impeachment de Collor pelo Congresso. Estava foragido desde a expedição do mandado de prisão.
PC Farias tornara-se o criminoso brasileiro mais conhecido e procurado depois de ter figurado como principal operador de um esquema que envolvia corrupção, extorsão, lavagem de dinheiro, superfaturamento de contratos públicos e uso de contas fantasmas. A CPI que investigou as denúncias concluiu que o presidente Collor era vinculado ao esquema, o que acabou levando à perda de seu mandato.
Preso na Tailândia depois de empreender uma fuga internacional, PC Farias foi imediatamente extraditado para o Brasil. Cumpriu parte da pena em regime fechado, obtendo liberdade condicional em dezembro de 1995.
No ano seguinte, o empresário foi encontrado morto em sua casa de praia, em Maceió, ao lado da namorada, Suzana Marcolino. Perícia do legista da Unicamp Badan Palhares concluiu que Suzana matou PC, suicidando-se em seguida. O legista alagoano George Sanguinetti e o perito criminal Ricardo Molina de Figueiredo, também da Unicamp, sustentaram que o casal foi assassinado.