1983 6 de julho
Cortes do FMI levam petroleiros à greve
Ameaçados pelo acordo com o Fundo, trabalhadores reivindicam estabilidade
Petroleiros de Campinas e Paulínia (SP) entram em greve reivindicando estabilidade no emprego, numa reação ao corte de investimentos nas empresas estatais. A Petrobras e outras companhias haviam sido atingidas pelo pacote imposto ao país pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em janeiro. O Ministério do Trabalho decretou intervenção no sindicato.
Petroleiros de Minas e da Bahia aderiram à greve. Cerca de 60 mil metalúrgicos de São Bernardo (SP) paralisaram o trabalho em solidariedade aos petroleiros – o sindicato também sofreria intervenção.
Nos dias seguintes, a Petrobras demitiria 353 trabalhadores com direito à estabilidade. A ditadura ameaçou decretar estado de emergência em São Paulo. Os trabalhadores decidiram suspender as greves, tentando negociar a volta dos demitidos.