ÁFRICA

Entre 1946 e 1964, as lutas contra o colonialismo ganharam impulso em toda a África, acelerando a independência dos povos submetidos ao domínio das potências europeias. A divisão e ocupação seguiam as regras estabelecidas pela Conferência de Berlim (1885), que desrespeitando a história, a cultura e as etnias das nações originais.

Quando a Segunda Guerra terminou, em 1945, apenas quatro países — Egito, África do Sul, Libéria e Etiópia — haviam conquistado a independência. Em 1964, esse número já ultrapassava 45 países. Algumas nações, entretanto, só alcançariam a emancipação política na década de 1970, como as ex-colônias portuguesas de Guiné Bissau, Moçambique, Cabo Verde, Angola e São Tomé e Príncipe.

A causa anticolonial foi favorecida pela Carta da ONU, que em 1945 estabeleceu as Nações Unidas e reconheceu o direito de todos os povos à autodeterminação. A luta africana assumiu, então, diferentes contornos, variando da insurreição armada aos acordos de transição com o país colonizador. Em alguns casos, houve a mediação da ONU. Algumas colônias foram divididas, dando origem a mais de um país, em busca de maior unidade etnocultural.