2008 8 de março
Anarkia Boladona grafita o feminismo
Artista de rua é referência mundial no combate à violência contra a mulher
Anarkia Boladona cria o "Grafiteiras pela Lei Maria da Penha", projeto que usa o graffiti e a cultura urbana para combater a violência contra as mulheres. É o pontapé inicial para uma campanha, desenvolvida com outras grafiteiras brasileiras, que visa conscientizar sobre a recém-aprovada Lei Maria da Penha.
Nascida em 1981 e criada nos subúrbios do Rio de Janeiro, Panmela Castro formou-se em pintura pela Escola de Belas-Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Com o nome de Anarkia Boladona, ela ocupa espaço com sua arte influenciada pela pichação — segmento habitualmente dominado por homens.
Com o grupo que se formou durante o projeto, Anarkia fundaria, em 2010, a Nami Rede Feminista de Arte Urbana, com o intuito de debater a situação da mulher na sociedade, realizar projetos sociais e usar a arte como instrumento de transformação cultural, enfatizando o empoderamento feminino e a desconstrução do racismo.
Sua arte obteria o reconhecimento internacional, que lhe valeria diversos prêmios, entre eles o Vital Voices Global Leadership Awards, na categoria de direitos humanos, em 2010.
Em 2012, a revista norte-americana “Newsweek” a incluiria entre as “150 mulheres que abalaram o mundo”.