A era do rádio Quem faz o rádio

A implantação das emissoras de rádio no Brasil abriu um novo mercado de trabalho. As estações de rádio necessitavam de profissionais para exercer as mais variadas funções: cantores, atrizes, escritores, cantoras, músicos, atores, compositores. Por trás dos ídolos, existia um exército de profissionais que trabalhava duramente para levar sonhos, notícias, transmissões esportivas e até aulas de ginástica para os ouvintes. Eram os produtores, escritores, profissionais responsáveis pelos efeitos sonoros, compositores, publicitários, eletricistas e outros técnicos, que trabalhavam dia e noite para cativar e fidelizar os ouvintes.

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O rádio criou novas profissões e deu emprego a um grande número de trabalhadores. Ainda não havia especialização nessa área, e muitos trabalhadores do rádio acabaram descobrindo vocações dentro das próprias emissoras.

Atores, redatores, produtores e sonoplastas eram contratados para participar de radionovelas, programas de humor e de variedades. Os jingles nem sempre eram feitos por compositores, mas por trabalhadores de outros setores. Por outro lado, as agências de publicidade financiavam programas inteiros, e muitas vezes tinham, em seus próprios quadros, redatores e outros profissionais que atuavam diretamente nas emissoras.

O departamento musical reunia cantores, músicos, compositores, maestros e técnicos de som — muitos deles contratados com exclusividade pela empresas. Os programas de auditório proporcionavam o contato direto dos ouvintes com os artistas — cantores, apresentadores e atores. Atraíam grande público. Alguns desses programas faziam tanto sucesso que cobravam ingresso.

A produção de um programa exigia a mobilização de profissionais de várias áreas. A emissora que reuniu a maior equipe foi a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, que se tornou, a partir de 1938, campeã de audiência.